domingo, 22 de novembro de 2009

Triste experiência de (des)AMOR

Saquarema, 12 de junho de 2009.




Thiago,
Nesse dia, por mais que me obrigue, não consigo esquecer você e o esforço só faz aumentar o desejo de te-lo, ao meu lado, lendo juntos nossa história escrita em matizes diversas.
Em AZUL, a paz traçada pela união feita com amor, sensação de complementação, de harmonia entre o eu e o tu, passando a existir apenas o nós.
Em Vermelho, cor quente e vibrante, leriamos a satisfação do prazer na cama, da paixao, do desejo latente da entrega no abraço forte, mas terno... do calor dos corpos que se fundem no beijo úmido e no gozo transformando em VIOLETA a leitura do estaxe... do coração acelerado... da respiração ofegante... do descnço dos corpos suados.
Em VERDE estaria descrita a esperança diária na renovação do "bom dia amor"... do "te quero hoje tanto quanto te quis no primeiro dia".
Em ROSA, grafado o amor sem cobranças, explicaçoes ou desculpas, mas mesmo assim, voluntário, que se explica e pede desculpa  para não criar mágoas, para corrigir erros e desfazer "mal entendidos" marcados em pequenos, bem pequenos, respingos MARRONS.
O fundo AMARELO do papel iluminaria todas as páginas... luz acesa pela combinação de todas as cores.
A saudade em ROXO...
Tudo contornado em PRATA e DOURADO, pois seria a história de dois guerreiros, defensores incondicionais um do outro, levando para todo sempre até o limite do infinito esse amor eterno.
Entretanto, leio solitariamente essas linhas escritas a lápis, como num rascunho onde não se sabe o que será escrito, mas que de qualquer forma, já delineia um epílogo triste e letras mal formadas tentam desenhar algo que não faz sentido.
Céu CINZA e o mar embaçado... o vento trazendo uma chuva fina e fria, me cercam de solidão nessa cidade.
Sem ouvir tua voz, tocar teu rosto, teu afago, as cores se desbotam e tudo fica em pálido CINZA, até que um vazio DESCOLORIDO, cercado por NEGRO anel , gira sem parar, fazendo pulsar a dor que parece me matar devagar.
A solidão nesse sofá faz doer todo meu corpo e, tendo apenas um edredon para me aquecer, troco o cartão do dia dos namorados por essa linhas tristes... choro em silêncio.
Tentei sair, mas a felicidade dos outros dói em mim como lâminas a me cortar, invejando aquilo que não possuo.
Como pode achar que a tua mentira me convence?
É hora de arrumar a bagunça que deixei você fazer na minha vida.
Tenho que colar pedaços e me desfazer do que está irremediavelmente perdido.
Saudade no peito do outro não dói na gente não é?
Teu egoismo, para nao usar de termos piores, vê a tudo isso, mas dane-se o idiota aqui!
Me pergunto se há perdão para você, mas na verdade é você que deve se perdoar, pela criatura que você é. Você é que se deve perdoar, se puder, pois quem perdeu, no final, foi você.
Fui apenas um remédio ao teu tédio, mas ninguem toma remédio quando não esta doente e, dessa forma fui preterido e esquecido nessa cidade... vim do Rio para estar com você em Saquarema, como tanto me pediu, e você estava na rodoviaria com malas para o Rio.
Quando nos conhecemos, não exitou em partir paar o Rio e agora tudo é reprise... fico sem chão... tudo que conversamos, todo carinho trocado, não teve a menor importancia para você... sua vida obscura sim é que tem valor para você.
Tão pouco tempo e tantos desencontros.
Como foram importantes aqueles dias para mim, cuidar de você me fez bem, só não sabia que acabaria destuído.
Por isso lhe dei essa oportunidade... você só esqueceu de dizer: "não vem, pois não estarei aqui". Lembro-me que disse que eu era especial... diferentes do outros que só queriam se aproveitar, mas na verdade quem é impuro e falta com a sinceridade?
Quem quis se aproveitar de quem?
Não o desejei como objeto ou troféu de exibição.
Tua beleza e juventude não me valem de nada, pois nada resiste ao tempo... a casca um dia se vai, mas meu sentimento por você não.
Quanto desse jogo fútil terá aprendido com esses "outros"?
Mas tenha certeza: não serei objeto de manipulação de um garoto.
Me deixei seduzir achando que era sincero e que me via como era... nao verdade viu... presa aparentemente fácil para teu intento.
Nossa, como foi bom ler "não saia da minha vida", "quero cuidar de você como cuidou de mim" e tantas outras mentiras.
Foram só palavras bem colocadas na "arte" de sedução... Palavras vazias de conteúdo percebidas com muita facilidade... Não logrou o êxito pecuniário e, letra por letra, palavra por palavra, ruiram como uma miragem no deserto. Tantas vezes me disse: "não tenho quem me banque".
Visto-me de luto por você e não sei mais o que pensar.
Em vão esperei por uma surpresa.
Quem sabe seria despertado pela campnhia tocando.
Mas milagres não existem, não é?
Agora já passa pouco da meia-noite e não há mais o que sonhar... 12 de junho já passou e só me resta dormir e acordar para realidade.
Mas nunca deixei de sonhar e nunca deixarei, assim, quem sabe o telefone toque e ouça:
"oi, sou o Thiago, vamos recomeçar?

Carlos Alberto

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