segunda-feira, 5 de abril de 2010

Edith Piaf




Não Me Deixes

Não me deixes
É necessário esquecer
Tudo pode ser esquecido
O que já se foi
Esquecer o tempo
Dos mal-entendidos
E o tempo perdido
Em saber como
Esquecer estas horas
Que matavam ás vezes
A golpes do por que
O coração da felicidade
Não me deixes
Não me deixes
Não me deixes
Não me deixes



Eu te oferecerei
Das pérolas da chuva
Vindas de países
Onde não chove
Eu escavarei a terra
Até após minha morte
Para cobrir teu corpo
De ouro e de luz
Eu farei um domínio
Onde o amor será rei
Onde o amor será lei
Onde você será rainha
Não me deixes
Não me deixes
Não me deixes
Não me deixes



Não me deixes
Vou te inventar
Palavras insensatas
Que tu as compreenderás
Eu te contarei
Daqueles amantes
Que viram por vezes
Seus corações se abraçarem
E vou te contar
A história de um rei
Morto por não ter
Podido te encontrar
Não me deixes
Não me deixes
Não me deixes
Não me deixes



Viu-se frequentemente
Jorrar o fogo
Do antigo vulcão
Que se acreditava ser velho demais
Ele parecia
Das terras queimadas
Dando mais trigo
Que o melhor abril
E quando vem a noite
Para um céu resplandecente
O vermelho e o preto
Não se casam?
Não me deixes
Não me deixes
Não me deixes
Não me deixes



Não me deixes
Não quero mais chorar
Não quero mais falar
Eu me esconderei
A te olhar
Dançar e sorrir
E te escutar
Cantar e depois rir
Deixe tornar-me
Sombra da tua sombra
Sombra da tua mão
Sombra do teu cão
Não me deixes
Não me deixes
Não me deixes
Não me deixes

Nenhum comentário:

Postar um comentário